Célula Futura
Somos um grupo de trabalho de preparação e conscientização de pessoas interessadas em mudar a si próprias. Visamos colaborar para a harmonia de nossa sociedade em busca de uma vida cada vez melhor, tanto do ponto de vista coletiva, econômica e psicológica, quanto de preservação da natureza neste maravilhoso planeta azul, chamado Merla, o nome cósmico de nossa Terra. Para este propósito buscamos o apoio e a cooperação de seres extraterrenos que estão aqui para nos ajudar.
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sábado, 19 de janeiro de 2013
Célula Futura: Tributo a Gaia
Célula Futura: Tributo a Gaia: Caros irmãos terráquios Seria muito fácil falar a vocês sobre desenvolvimento sustentável e em educação sociambiental das crianç...
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
O início da volta para o Pai
Ano Novo, vida nova! Tudo na vida é feito de ciclos. Nada é
estável, fixo, tudo é cíclico, tudo na Criação e na Natureza segue um Projeto
Maior definido por Deus. Já sabemos que não existe uma fonte de trevas, uma
fonte de maldade ou uma entidade igual e contrária a Deus. Assim, tudo emanou
Dele e tudo para Ele retorna[1].
Se a Era de Leão foi o marco de início deste nosso universo, da conhecida
Rebelião dos Anjos, então agora na Era de Aquário é a Era do Retorno, da Rerrevolução
dos Anjos.
Sabe-se que o amor é a única e maior força que existe na
Criação e também que não existe condenação eterna. Sabe-se também que Deus é
Justo, Amoroso, Misericordioso. Tudo que existe foi emanado Dele e a Ele tudo
retornará. Então, o que é conhecido como “Mal” também é motivo de criação por
parte de Deus, também é motivo de Seu amor e misericórdia. Se toda a Criação
faz parte da Magnus Opus Dei, o Grande Projeto de Obra de Deus, o “mal” também
está inserido em seu contexto como importante exercício do livre arbítrio. É
importante destacar que se não houvesse livre arbítrio não haveria mérito
algum. Por outro lado, o suposto “mal” serviu como um “corretivo” para os
afastamentos das leis divinas, uma verdadeira “polícia” que denunciava os desvios
e afastamentos para com Deus e Suas Leis.
Mas, a Era de Aquário é marcada pelo alinhamento das forças
e princípios da Criação. A partir desta grande era iremos construindo uma vida
sem as antigas contradições entre bem e mal, certo e errado, luz e trevas,
masculino e feminino, forte e fraco, vencedor e perdedor, positivo e negativo.
Ao invés de se digladiar ente si estas forças se unirão para atingir um
objetivo maior. Pela força do Amor e da Harmonia o positivo se unirá com o
negativo para que a luz seja acesa, o masculino se unirá com o feminino para
gerar uma nova vida, o certo e o errado se união em sabedoria e compreensão e a
humanidade compreenderá que é o silêncio (entre as notas) que dá graça e
sentido a uma sinfonia, assim como compreenderá que é a sombra que nos permite
ver as imagens, pois sem a sombra tudo seria luz e nada poderia ser
distinguido, tudo seria uma luz só misturada e complexa.
Sabemos que se Deus é Onipotente, Onisciente e Onipresente
nada pode acontecer sem que Ele saiba, que Ele aprove e que Ele participe.
Então, o conceito de uma entidade contrária a Deus é um equívoco de raciocínio,
lógica e de interpretação. Pelo contrário, esta força que foi condenada por
séculos é a verdadeira responsável pelas provações e consequentemente pela
evolução da humanidade. Nas escolas os exercícios e as provas são necessários
para o aprendizado, o mesmo ocorre nos esportes. Por mais que não gostemos dos
exercícios, desafios e provas, precisamos compreender definitivamente que são
justamente eles que fortalecem o nosso espírito e testam nossa determinação,
coragem, valor e princípios. Observe leitor que a dor é importantíssima para
nos informar de que a harmonia foi perdida por alguma razão e que precisamos
tomar alguma atitude para que tudo volte “aos trilhos”.
Talvez possamos dizer que a Era de Aquário será marcada
definitivamente pela harmonia e pela união entre ciência e religião, entre
emoção e pensamento. É em Aquário que verdadeiramente haverá o encontro amoroso
entre os princípios masculino e feminino, em encontro definitivo entre os
co-regentes da Criação, entre o Rei e a Rainha alquímicos.
Está iniciado o processo de retorno, de volta, dos anjos,
tanto dos chamados “bons” quanto dos chamados “maus”. Afinal, andar com as duas
pernas ou trabalhar utilizando os dois braços (o direito e o esquerdo) é muito
mais fácil e natural de que utilizando apenas um deles. Se abdicarmos da parte
esquerda ou da direita de nosso cérebro deixaremos de ser uma pessoa saída,
equilibrada e perderemos nossa condição evolucional.
Reflita então, caro leitor, sobre estas questões e decida
caminhar de forma aquariana e se unir àqueles que já iniciaram seu processo de
retorno a Deus e à plenitude da vida e da existência.
Juarez de Fausto Prestupa
Juarez de Fausto Prestupa
[1]
Conhecido como a Respiração de Brahma, a Criação segue um ciclo que se inicia
com algo semelhante ao científico Big Bang (ou buraco branco, ou , ainda, um
quasar), de onde tudo é “expelido” e a partir daí tudo vai se conformando e se
organizando de forma coerente, seguindo leis cósmicas determinadas. Isso ocorre
até que o universo atinja seu “horizonte de evento”, ou ponto máximo de
expansão, a partir daí ele começa um movimento contrário de contração sobre si
mesmo, pela força da atração, até tudo se fundir em um grande buraco negro.
Este processo astrologicamente se inicia em Leão, passa então para Câncer,
depois para Gêmeos, Touro, Áries, chega a Peixes e então ao signo oposto de
Leão que é Aquários. Estas são as Grandes Eras ensinadas por Platão.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Tributo a Gaia
Caros
irmãos terráquios
Seria muito fácil falar a vocês sobre desenvolvimento
sustentável e em educação sociambiental das crianças, mas hoje precisamos
educar quem esta no comando e tem poder para mudar o nosso futuro, caso
contrário estas crianças não terão o que cuidar. Existe um tempo para
retroceder e este tempo passou. Chegou a hora de mudanças drásticas antes que a
natureza se encarregue definitivamente delas.
A maior preocupação de todos deve ser com os resíduos.
O homem enche a terra de lixo e cria substãncias que não estão em harmonia com
a natureza. A primeira questão são os polimeros. O plastico fabricado em
excesso e descartado com tamanha facilidade está inundando nossos rios, matando
e mutilando nossos peixes e animais marinhos e criando ilhas no oceano de
material que a natureza não sabe como lidar. Uma empresa produz venenos e não
orienta como descartar ou neutralizar? Isto é inconcebível.
Uma sacola plástica demora mais de 100 anos para se
decompor e o volume de plástico jogado no lixo é quase impossível de se lidar.
Chegou um tempo de parar, de retroceder, e de pensar em soluções em massa para
lidar com tanto lixo. Precisamos pensar em produzir algo com lixo. Em reciclar
em grande escala. Acho belo e artístico tantas ideias artezanais para
reciclagem, mas de que adiante reciclar uma garrafa de pet em um objeto que
será descartado meses depois pois não irá durar? A reutilização e reciclagem
devem ser em grande escala e com o apoio de vários governos.
Está na hora de se pensar em projetos de reciclagem em
grande escala e que produzam renda e gerem empregos. As máquinas que criam
plásticos deve dar lugar a outras que criem produtos harmõnicos com a natureza,
isto não é difícil e nem impossível. Ainda não foi feito porque o dinheiro, o
lucro estava na frente e esta questão não era tão importante. Quem financiará
estas pesquisas ? Que leis irão amapara-la?
O homem inverteu valores, criou remédios que criam
efeitos colaterais e não curam, mas que dão lucro. Criou usinas nucleares e se
esqueceu de pesquisar mais sobre como lidar com a radiação. Criou aparelhos,
produtos e energias cancerígenas que dão
lucro e não pesquisou sobre como evitar seus efeitos. Quis lucrar na
agricultura e produziu alimentos com veneno. Quis produzir em larga escala e
criou produtos que prejudicam a saúde. Preferiu pensar na parte financeira e
não no ser humano e na natureza.
Agora estamos diante de um impasse. Como sobreviver com
estes paradigmas que nos levam a desejar sempre o lucro máximo ? O que julgamos
ser o segredo do sucesso está sendo a causa de nosso fracasso.
Precisamos pensar se vale a pena continuar usando
descartáveis que não se deterioram, eles deveriam ser proibidos imediatamente
antes que o problemas aumente.
Já é hora de se pensar em tanto lixo produzido, se
vale a pena em favor da ganância colocar
tantas vidas em risco.
Existe muito o que ser questionado, mas resumirei em
12 princípais preocupações iniciais.
A primeira mudança de paradigma na base das pesquisas
sobre energia baseados no petróleo. Existem outras fontes de energia capazes de
captar a energia do sol e da terra tornando-se grandes baterias. Mas onde estão
os grandes investimentos e todos os olhares?
A segunda mudança seria a proibição da produção de
produtos descartáveis plásticos e a responsabilização das empresas pela
reciclagem os que produzem. Um país não poderia produzir e encher o mundo de
descartáveis de baixa qualidade sem se preocupar com as consequencias.
A terceira seria a prioridade para a politica de residuos. A industria, os
canais e consumidores devem assumir a responsabilidade pela reciclagem dos
produtos numa logistica inversa, chegando até a fábica e seus fornecedores.
Em quarto, as políticas de proteção do planeta devem
ser a nivel mundial pois estamos todos no mesmo barco e as ações de alguns
governantes colocam em risco outros.
Em quinto lugar os rios devem ser considerados
patrimônio da humanidade e não devem ser poluidos. A poluição vai para o mar
e os oceanos são uma preocupação
mundial. Os esgotos devem ser tratados e as fábricas devem saber lidar com seus
resíduos. Acabou a era do lucro fácil e da visão da natureza como um recurso infinito
a ser explorado.
Em sexto lugar a criação e produção de carne deve ser
controlada e repensada e avaliada em sua produção de CO2 assim como todas as
formas produtivas. Os animais silvestres
devem ser protegidos e preservados.
Em sétimo lugar as cidades devem ser repensadas com
mais verde e o ar deve ser constantemente controlado em favor dos seus moradores.
Em oitavo lugar os transportes e a industria
automotiva que reinou tanto tempo nos velhos paradigmas deverá repensar seus
processos e começar a investir em novas tecnologias e em veículos seguros e
coletivos.
Em nono lugar
devemos investir mais nas pesquisas sobre a energia que nos move em seus vários
aspectos sem preconceitos, a religião deve se harmonizar com a ciencia e a
espiritualidade deve estar nos estudos científicos a fim de inspirar aqueles
que criam alternativas para mudar o mundo.
Em décimo lugar as soluções devem sair da
individualidade e passar para a coletividade. Pessoas começam a necessitar de
moradias coletivas, alimentação em grande escala, creches e escolas de qualidade, hortas coletivas, espaços
de lazer, espaços coletivos, postos com
atendimento psicológico e médico. Transportes de qualidade. A indústria do luxo
e do individualismo não abre espaço para se pensar no coletivo. Precisamos de
novos olhares sobre o tema.
Em decimo primeiro precisamos de uma politica para
lidar com o homem que viverá mais tempo, novos paradigmas para cuidar do idoso
que vive mais, mas que pode estar doente pela consequência dos abusos
e agressões das ultimas décadas. De quem seria a responsabilidade e quem
iria consertar o erro?
E em décimo
segundo lugar precisamos de retornar ao início de tudo e nos conectar a essa
natureza que tanto desprezamos e que nos dá tudo para nossa subsistência, ela
nos dá alimento, energia, ar puro, aguas límpidas, ervas medicinais, sol e vida
todos os dias em abundância. E o que
fizemos até o momento, desprezamos tudo
que recebemos e saímos deste acolhimento paradísiaco para criar coisas e mais
coisas que hoje nem sabemos mais para quê . È uma infinidade de produtos
inúteis e em excesso para alimentar um lucro e oprimir aqueles que não suportam
mais serem vistos apenas como consumidores.Penso em todos os momentos em que
ponto nos perdemos e como consertar os erros... talvez o princípio de tudo seja
voltar ao início e nos lembrar que somos
humanos.
Adriana Nunes
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
A transição da Era de Peixes para a Era de Aquário
Juarez de Fausto Prestupa
Muito se fala sobre a transição da Era de Peixes para a Era de Aquário, mas observa-se que pouco se sabe sobre isso. Então vamos tentar esclarecer de uma forma simples, clara e objetiva para os leitores.
Hiparco, no ano 129 a.C., descobriu o que hoje se chama “Precessão dos Equinócios”. A compreensão da mecânica (de como acontece de fato no céu) é coisa de astrofísica e um pouco complexa, visto que se trata de uma análise de cenários de composição de movimentos de corpos celestes. É quase como querer descrever uma perseguição de carro considerando três pessoas em carros diferentes, um sendo referencial de localização para o outro.
Mas, é o mais ou menos assim:
· a Terra em um ano nosso dá uma volta no Sol;
· a Terra gira sobre si mesma com uma inclinação de 26°26´21,418” (eixo de inclinação);
· tal qual um pião (brincadeira de criança) rodando no chão a Terra gira este eixo de inclinação também (a precessão propriamente dita) em sua inclinação móvel;
· este movimento circular do eixo de inclinação é retrógrado, contrário em relação ao movimento da Terra em torno do Sol;
· uma “volta” do eixo de inclinação da Terra dura 25.694,8 anos (um deslocamento de apenas 50,290966 segundos de arco por ano – o suficiente para Hiparco descobrir que em 144 anos houve uma mudança de 2 graus de arco, um grau de movimento a cada 72 anos) – isso resulta no chamado “Ano Platônico” ou “Ano Astrológico”;
· O “Ano Astrológico” se subdivide em “Eras Astrológicas” sendo que cada Era tem 2.141,233333... anos de duração;
· Cada Era Astrológica marca um tipo especial de consciência e ênfase por parte da humanidade, as culturas e movimentos desenvolvimentistas seguem as características astrológicas de suas Eras.
Resumidamente, as Eras foram:
· Há 10.000 anos, Era de Leão - catástrofe atlante e início um novo ciclo;
· Entre 8.000 e 6.000 a.C., Era de Câncer – cultura hindu e os Vedas;
· Entre 6.000 e 4.000 a.C., Era de Gêmeos – cultura persa, o Avesta;
· Entre 4.000 e 2.000 a.C., Era de Touro – culturas babilônica e egípcia;
· Entre 2.000 e 0 a.C, Era de Áries – culturas greco/romana e hebraica;
A Era de Peixes é marcada pela submissão, pela entrega ao poder superior (seja ele político, financeiro ou espiritual). Peixes é o signo da fantasia, daquilo que é artificial, do sonho, das drogas, do que é confuso, de tudo que é escondido, obscuro e possível. Por ser um signo de água Peixes nos remete para dentro de nosso interior e dificulta a interação com o outro. Significa um mergulho dentro de si mesmo, dos desejos, sonhos, traumas, medos, etc. Pela subjetividade Peixes pode conduzir aos equívocos, a mentiras, a enganos, a traições, a decepções, ao sofrimento. Este signo rege tudo que está fora do convívio da sociedade: asilos, creches, monastérios, conventos e também prisões, hospícios, exílios, etc. É um signo que por característica é sensível à arte e aos menos favorecidos (por identificação), regendo também a fraternidade, a filantropia e o altruísmo. Rege as águas e seus problemas, bem como as emoções.
Estamos caminhando para a Era de Aquário e esta transição não ocorrerá em um simples “apagar de luzes”. É um processo natural e lento como um degradê de cores em que uma cor vai lentamente cedendo lugar para a outra. Estamos vivendo característica de ambas as Eras ao mesmo tempo.
A Era de Aquário será marcada pela cultura da independência, da autonomia, da lucidez, da consciência de si mesmo e das Leis Universais que regem a vida em todo o universo. Nesta Era cada pessoa será responsável por sua vida, futuro, sucesso ou fracasso, não se poderá depender ou culpar outrem pelo que quer que seja. Haverá maior controle emocional e não haverá mais dominação, submissão ou dependência alguma. A comunicação será priorizada, assim como a troca de experiências e conhecimentos que não pertencerão a ninguém em particular. O maior valor será a amizade e o respeito ao que é coletivo. O que hoje chamamos de cidadania será um tipo de “lei” que as pessoas viverão naturalmente, sem que precise ser imposta ou policiada. A consciência se desloca de dentro de si para fora, para as outras pessoas e coisas, para as questões planetárias e também cósmicas. Certamente neste período a humanidade estabelecerá relação de amizade e troca com civilizações de outros planetas de forma clara e consciente.
E você, percebe à sua volta a vida acontecendo como esta transição de Eras? Ainda resiste e deseja se manter em Peixes ou tem abertura para viver Aquário?
COSMOECOLOGIA E CIDADANIA UNIVERSAL: A VIDA ALÉM DA TERRA
Marcos
Goursand[1]
O DISCO VOADOR
A
pelada de rua estava animada entre a garotada. Era o ano de 1950 e o “campo”
era a Rua Fernandes Tourinho, hoje um dos pontos mais movimentados do bairro
Funcionários, em Belo Horizonte. De repente, alguém grita, olhando para o alto:
- Gente,
olha lá! Parece que é um disco voador! – e todos olharam para o céu: os meninos
que jogavam pelada, as meninas que assistiam, os adultos que passavam e os que
estavam no bar de meu avô.
Lá
estava ele, um objeto circular, uma espécie de prato cinza prateado, num céu de
parcas nuvens. No centro tinha um outro círculo menor. Inicialmente parado,
movimentou-se para um e outro lado, aumentando a excitação dos observadores.
Ficou ali por uns dois ou três minutos e desapareceu rapidamente atrás de uma
nuvem. Continuamos ainda por um bom tempo aguardando que retornasse, mas ele
não voltou.
Por
essa época, o assunto estava de novo em evidência, especialmente por causa de uma
reportagem na revista “O Cruzeiro”. O objeto que víramos (e foram várias as
testemunhas) seguramente não era um avião ou helicóptero (que não possuem
aquela forma) nem balão metereológico (que não voa daquele jeito, simplesmente
flutua).
Essa
experiência marcou-me profundamente, eu que muitas vezes olhava para o céu
estrelado e ficava imaginando como seria a vida em muitos planetas
desconhecidos que giravam em volta de tantas estrelas. Porque será que na escola a gente não estuda
sobre discos voadores e não ouve nada sobre a vida nos outros mundos? –
perguntava-me na minha infantil ingenuidade.
Mas
logo pude perceber que o assunto era tabu. Quando qualquer um de nós que
tínhamos visto aquele estranho objeto comentava com outro colega ou algum
professor sofria uma “gozação” ou era tido como maluco. O melhor seria não
falar mais nisso e tentar esquecer o assunto. É o que tem acontecido ao longo
da História com a quase totalidade das pessoas que tiveram avistamentos de
UFOs. Isto sem falar que houve épocas em que as pessoas eram punidas e até
queimadas como bruxos e endemoninhados, como na Idade Média.
Passou-se
o tempo e me vejo em outra situação. Eram férias de verão em 1963 e eu estava
com alguns colegas de Faculdade em uma
casa de praia do tio de um deles, em Bertioga, litoral de São Paulo. Estava
namorando uma colega, e por volta de 23 horas, numa noite quente em que
passeávamos na praia, notamos um astro mais brilhante do que os demais. De
início pensamos que era Vênus, mas logo nos demos conta de que não podia ser,
pois a luz se movimentava com certa rapidez. Começou, então, a se aproximar e a
descer, fazendo um intenso reflexo de luz sobre o mar, parando a uns 100 metros
de altura e a uns 500 de onde estávamos. Ficamos ali contemplando aquele belo espetáculo.
Depois de algum tempo a luz começou a subir, de início lentamente e depois em
alta velocidade até desaparecer.
CIDADÃOS DO
UNIVERSO
Hoje,
ao observar o farto material divulgado sobre as naves extra-terrestres e que é
imensamente menor do que as forças armadas e os órgãos de segurança retêm,
continuo a fazer a mesma indagação de minha infância. Porque o assunto continua
sendo um tabu?
O que até há pouco tempo se negava, hoje já
é um axioma científico: a existência de muitos mundos habitados fora da órbita
planetária e as manifestações de vida em outros planos e dimensões além do
mundo material, a que podemos chamar de espiritual. Na realidade, somos
cidadãos não apenas de nosso País, mas também de nosso planeta e do universo.
Estamos hoje aqui, mas já estivemos antes em outros lugares.
Espiritualidade não significa religiosidade
ou apêgo a qualquer crença, mas uma compreensão lógica, vivencial e
transcendental de que a vida humana não se restringe apenas a esta vida e a
este nosso planeta (vida terrena e vida terrestre).
Como cidadãos universais, temos uma profunda
responsabilidade para com a vida de nossos semelhantes e a biodiversidade de
nosso planeta. Devemos trabalhar pela ampliação de uma consciência ecológica e
de respeito e preservação da vida e dos recursos da Terra e por uma tomada
dessa consciência de cidadania universal, propugnando pela superação dos
entraves e limitações das xenofobias étnicas e nacionais, dos fanatismos
religiosos, das discriminações de qualquer espécie. “SER CIDADÃO DO MUNDO É
AMAR O SEMELHANTE E RESPEITAR O DIFERENTE, BUSCANDO A IGUALDADE E PRESERVANDO A
DIVERSIDADE”.
Cidadania
se define como qualidade ou estado de cidadão (que é o indivíduo no gozo
dos direitos civis e políticos de um Estado, ou no desempenho de seus deveres
para com este). Cidadão do mundo é o homem que põe os interesses da humanidade
acima dos interesses da pátria; cidadão do universo (Aurélio).
O termo cidadão originalmente designava o
habitante de uma cidade, como na Grécia e Roma antigas. Em Roma, a partir do
ano 212, o conceito de cidadania foi extendido aos habitantes livres do
império. Atualmente o conceito abrange, em quase todos os países, os naturais
do país e se equivale ao de nacionalidade. Implica necessariamente na
participação consciente nos processos decisórios na nação.
O conceito de cidadania universal
ultrapassa os limites da nacionalidade e abarca a todos os seres humanos (e
também não-humanos) independentemente de nacionalidade, credo, raça, etnia,
sexo, nível sócio-econômico e outras diferenças culturais.
O propósito de uma verdadeira cidadania universal é o de trabalhar para atingir
algumas metas tais como: a harmonia e a fraternidade entre os povos; o profundo
respeito aos direitos humanos e à liberdade individual; o respeito ao planeta,
à natureza e aos eco-sistemas. Ao lado disso busca combater: toda e qualquer
forma de discriminação (racial, étnica,
religiosa, sexual, política, econômica, social, cultural, etc.); toda e qualquer
forma de violência (entre pessoas, grupos, instituições, povos, etc.); a caça
aos animais silvestres, a pesca predatória, etc.
VIDA ULTRA E EXTRA-TERRENA
A grande questão é:
até onde um fenômeno é apenas de origem interna (físico ou psicológico),
podendo ser considerado um surto psicótico, alucinação ou fantasia (fenômeno
psicopatológico, mero produto da mente do paciente) ou é de origem externa
(ainda desconhecido da ciência) como os produzidos por extra-terrestres e
espíritos; e, no segundo caso, até onde vai o limite de um e começa o outro,
pois tanto as manifestações dos espíritos desencarnados na terra como as dos alienígenas
parecem ocorrer em outras dimensões desconhecidas para nós. Além disso, os ETs
teriam desenvolvido a capacidade de usar seus corpos sutis, como acontece
conosco em casos de experiências fora do corpo. [2]
Calcula-se que nossa
galáxia, a Via-Láctea, tenha mais de 17 bilhões de anos, enquanto nosso sistema
solar teria 12 bilhões de anos e a Terra “apenas” 5 bilhôes de anos. São
portanto, por volta de 12 bilhões de anos a distância temporal que nos separa
dos sistemas solares mais antigos da Via-Láctea, com seus cerca de 400 bilhões
de estrelas, num cenário de outras bilhões de galáxias espalhadas por esse
infinito universo. Ora, pois, em sistemas solares bem anteriores ao nosso,
certamente desenvolveram-se civilizações bem mais antigas e evoluídas que a
nossa, provavelmente em muitos milhões de planetas apenas dentro da Via-Láctea.
Imaginemos a Terra
daqui a 1.000 anos, no ano 3.000. Como estaremos? Que desenvolvimento
tecnológico teremos alcançado? Haverá ainda alguma doença que não possa ser
facilmente curada? E como estaremos daqui a 10.000 anos, 100.000 anos, 1 milhão
de anos ou 1.000 vezes isso? Pois bem, esse é o caso de alguns de nossos
vizinhos cósmicos. A distância cultural que os separa de nós pode ser milhões
de vezes maior do que a que nos separa do homem primitivo da Idade da Pedra.
Somente a extrema
estupidez, aliada a uma arrogância doentia, seria capaz de justificar, em
mentes que se consideram superiores, como as de alguns cientistas e de donos das
verdades, a estultície e irracionalidade de achar que nós, seres terráqueos,
somos as únicas privilegiadas criaturas vivas do universo.
Sabemos hoje que a
terra tem sido visitada desde tempos imemoriais por viajantes de outros
planetas. Esses visitantes foram geralmente tomados por deuses, em virtude de
sua capacidade e desenvolvida tecnologia que lhes permitia fazer coisas
impossíveis para os povos primitivos, como voar.
Devemos ter em conta que
os fatos miraculosos relatados em textos sagrados muitas vezes podem ser
compreendidos da mesma maneira [3].
Hoje em dia, já são
comuns os relatos de contatos com extra-terrestres, inclusive as abduções
(sequestros de humanos por ETs), que embora menos frequentes, parecem ocorrer.
No geral, os encontros com ETs têm sido cordiais, demonstrando a preocupação
deles com o futuro da humanidade. Tais foram os contatos de Daniel Fry, em
1950, em White Sands, no Novo México ou os mantidos por George Adamski, desde
1952, no Arizona e na Califórnia. As abduções, entretanto, têm sido descritas
frequentemente como hostis e agressivas, como teria ocorrido com o casal Barney
e Betty Hill, em 1961, em New Hampshire, “dopados” por alienígenas para colher
amostras de cabelo, unhas, pele e sangue.
Em muitos relatos,
aspectos da história pessoal podem misturar-se com a realidade, distorcendo os
fatos. O que sabemos é que qualquer que seja a qualidade do contato, o impacto
psicológico sobre a pessoa é muito grande. Este é um dos motivos alegados pelos
próprios ETs para não se apresentarem abertamente, pois isso poderia produzir
um caos mundial em uma humanidade ainda despreparada para isso.
O contrário também
tem acontecido, isto é, a atitude agressiva e violenta dos humanos em relação
aos ETs, especialmente de organismos militares. Infelizmente os tempos de
obscurantismo medieval ainda não acabaram. Os antigos inquisidores foram
substituídos por clérigos desonestos, militares truculentos e cientistas
aéticos a serviço de interesses econômicos e políticos escusos, tendo por
objetivo geral manter o público desinformado de fenômenos e contatos ufológicos
e espitituais e nos impõem, através dos meios de comunicação de massa, aquilo
em que devemos acreditar.
Os relatos de
abduções são ainda mais cercados de mistérios e dúvidas do que os contatos
amigáveis. O que se questiona é porque os ETs, sendo tão evoluídos, usam seres
humanos para cobaias de exames e experiências, contra a sua vontade e que lhes
acarretam sofrimentos físicos e psíquicos. Devemos considerar que:
1.
Alguns desses relatos não parecem dignos de qualquer credibilidade,
sendo produtos de invenção dos narradores.
2.
Dentre a grande diversidade de povos alaienígenas que nos visitam, temos
evidentemente diferenças significativas entre eles, não só quanto ao
desenvolvimento tecnológico, mas também com relação aos aspectos morais e
intelectuais.
3.
Alguns desses que usam seres humanos para experiências, talvez nos vejam
como seres inferiores, da mesma maneira
como fazemos com os demais animais aqui na terra. Os cientistas não pedem
licença às suas cobaias para seus experimentos. O que entretanto, não justifica
nem um nem outro procedimento.
4.
Apesar disso, em nenhum dos casos ocorridos, soube-se de alguém que
tenha sido morto deliberadamente como fazemos com os animais. Pelo contrário,
hoje sabe-se que quando um ET é capturado, para fins de estudo e especialmente
para se tentar conseguir segredos militares, ele não sobrevive. É o que parece
ter acontecido com os casos de Rosswell, do Sahara e de Varginha.
Apesar da imensa
superioridade dos ETs em relação a nós, sabe-se que eles não podem usar seu
poder para destruição.
Cabe-nos hoje, ao
invés de ignorar o assunto ou tratá-lo de forma fantasiosa, temerosa e irreal,
aprofundarmos no seu conhecimento e buscarmos de maneira responsável a
cooperação com os alienígenas para melhorar a qualidade de vida e a harmonia
entre os habitantes de nosso planeta.
[1] Presidente da Sociedade Brasileira de
Biosofia. Psicólogo pela PUC-MG, doutorado em Psicologia na PUC-SP e
pós-doutorado na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.
[2] Experiência fora do corpo, desdobramento,
projeção astral ou projeção extra-corpórea é um processo pelo qual a pessoa
“sai” de seu corpo e se vê geralmente flutuando acima deste.
[3] Para quem quiser se aprofundar nesse tema,
recomendo a leitura do livro de Erik Van Daniken, Eram os deuses astronautas? (São Paulo:
Melhoramentos, 1999.)
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