Seria muito fácil falar a vocês sobre desenvolvimento
sustentável e em educação sociambiental das crianças, mas hoje precisamos
educar quem esta no comando e tem poder para mudar o nosso futuro, caso
contrário estas crianças não terão o que cuidar. Existe um tempo para
retroceder e este tempo passou. Chegou a hora de mudanças drásticas antes que a
natureza se encarregue definitivamente delas.
A maior preocupação de todos deve ser com os resíduos.
O homem enche a terra de lixo e cria substãncias que não estão em harmonia com
a natureza. A primeira questão são os polimeros. O plastico fabricado em
excesso e descartado com tamanha facilidade está inundando nossos rios, matando
e mutilando nossos peixes e animais marinhos e criando ilhas no oceano de
material que a natureza não sabe como lidar. Uma empresa produz venenos e não
orienta como descartar ou neutralizar? Isto é inconcebível.
Uma sacola plástica demora mais de 100 anos para se
decompor e o volume de plástico jogado no lixo é quase impossível de se lidar.
Chegou um tempo de parar, de retroceder, e de pensar em soluções em massa para
lidar com tanto lixo. Precisamos pensar em produzir algo com lixo. Em reciclar
em grande escala. Acho belo e artístico tantas ideias artezanais para
reciclagem, mas de que adiante reciclar uma garrafa de pet em um objeto que
será descartado meses depois pois não irá durar? A reutilização e reciclagem
devem ser em grande escala e com o apoio de vários governos.
Está na hora de se pensar em projetos de reciclagem em
grande escala e que produzam renda e gerem empregos. As máquinas que criam
plásticos deve dar lugar a outras que criem produtos harmõnicos com a natureza,
isto não é difícil e nem impossível. Ainda não foi feito porque o dinheiro, o
lucro estava na frente e esta questão não era tão importante. Quem financiará
estas pesquisas ? Que leis irão amapara-la?
O homem inverteu valores, criou remédios que criam
efeitos colaterais e não curam, mas que dão lucro. Criou usinas nucleares e se
esqueceu de pesquisar mais sobre como lidar com a radiação. Criou aparelhos,
produtos e energias cancerígenas que dão
lucro e não pesquisou sobre como evitar seus efeitos. Quis lucrar na
agricultura e produziu alimentos com veneno. Quis produzir em larga escala e
criou produtos que prejudicam a saúde. Preferiu pensar na parte financeira e
não no ser humano e na natureza.
Agora estamos diante de um impasse. Como sobreviver com
estes paradigmas que nos levam a desejar sempre o lucro máximo ? O que julgamos
ser o segredo do sucesso está sendo a causa de nosso fracasso.
Precisamos pensar se vale a pena continuar usando
descartáveis que não se deterioram, eles deveriam ser proibidos imediatamente
antes que o problemas aumente.
Já é hora de se pensar em tanto lixo produzido, se
vale a pena em favor da ganância colocar
tantas vidas em risco.
Existe muito o que ser questionado, mas resumirei em
12 princípais preocupações iniciais.
A primeira mudança de paradigma na base das pesquisas
sobre energia baseados no petróleo. Existem outras fontes de energia capazes de
captar a energia do sol e da terra tornando-se grandes baterias. Mas onde estão
os grandes investimentos e todos os olhares?
A segunda mudança seria a proibição da produção de
produtos descartáveis plásticos e a responsabilização das empresas pela
reciclagem os que produzem. Um país não poderia produzir e encher o mundo de
descartáveis de baixa qualidade sem se preocupar com as consequencias.
A terceira seria a prioridade para a politica de residuos. A industria, os
canais e consumidores devem assumir a responsabilidade pela reciclagem dos
produtos numa logistica inversa, chegando até a fábica e seus fornecedores.
Em quarto, as políticas de proteção do planeta devem
ser a nivel mundial pois estamos todos no mesmo barco e as ações de alguns
governantes colocam em risco outros.
Em quinto lugar os rios devem ser considerados
patrimônio da humanidade e não devem ser poluidos. A poluição vai para o mar
e os oceanos são uma preocupação
mundial. Os esgotos devem ser tratados e as fábricas devem saber lidar com seus
resíduos. Acabou a era do lucro fácil e da visão da natureza como um recurso infinito
a ser explorado.
Em sexto lugar a criação e produção de carne deve ser
controlada e repensada e avaliada em sua produção de CO2 assim como todas as
formas produtivas. Os animais silvestres
devem ser protegidos e preservados.
Em sétimo lugar as cidades devem ser repensadas com
mais verde e o ar deve ser constantemente controlado em favor dos seus moradores.
Em oitavo lugar os transportes e a industria
automotiva que reinou tanto tempo nos velhos paradigmas deverá repensar seus
processos e começar a investir em novas tecnologias e em veículos seguros e
coletivos.
Em nono lugar
devemos investir mais nas pesquisas sobre a energia que nos move em seus vários
aspectos sem preconceitos, a religião deve se harmonizar com a ciencia e a
espiritualidade deve estar nos estudos científicos a fim de inspirar aqueles
que criam alternativas para mudar o mundo.
Em décimo lugar as soluções devem sair da
individualidade e passar para a coletividade. Pessoas começam a necessitar de
moradias coletivas, alimentação em grande escala, creches e escolas de qualidade, hortas coletivas, espaços
de lazer, espaços coletivos, postos com
atendimento psicológico e médico. Transportes de qualidade. A indústria do luxo
e do individualismo não abre espaço para se pensar no coletivo. Precisamos de
novos olhares sobre o tema.
Em decimo primeiro precisamos de uma politica para
lidar com o homem que viverá mais tempo, novos paradigmas para cuidar do idoso
que vive mais, mas que pode estar doente pela consequência dos abusos
e agressões das ultimas décadas. De quem seria a responsabilidade e quem
iria consertar o erro?
E em décimo
segundo lugar precisamos de retornar ao início de tudo e nos conectar a essa
natureza que tanto desprezamos e que nos dá tudo para nossa subsistência, ela
nos dá alimento, energia, ar puro, aguas límpidas, ervas medicinais, sol e vida
todos os dias em abundância. E o que
fizemos até o momento, desprezamos tudo
que recebemos e saímos deste acolhimento paradísiaco para criar coisas e mais
coisas que hoje nem sabemos mais para quê . È uma infinidade de produtos
inúteis e em excesso para alimentar um lucro e oprimir aqueles que não suportam
mais serem vistos apenas como consumidores.Penso em todos os momentos em que
ponto nos perdemos e como consertar os erros... talvez o princípio de tudo seja
voltar ao início e nos lembrar que somos
humanos.
Adriana Nunes
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