O DISCO VOADOR
A
pelada de rua estava animada entre a garotada. Era o ano de 1950 e o “campo”
era a Rua Fernandes Tourinho, hoje um dos pontos mais movimentados do bairro
Funcionários, em Belo Horizonte. De repente, alguém grita, olhando para o alto:
- Gente,
olha lá! Parece que é um disco voador! – e todos olharam para o céu: os meninos
que jogavam pelada, as meninas que assistiam, os adultos que passavam e os que
estavam no bar de meu avô.
Lá
estava ele, um objeto circular, uma espécie de prato cinza prateado, num céu de
parcas nuvens. No centro tinha um outro círculo menor. Inicialmente parado,
movimentou-se para um e outro lado, aumentando a excitação dos observadores.
Ficou ali por uns dois ou três minutos e desapareceu rapidamente atrás de uma
nuvem. Continuamos ainda por um bom tempo aguardando que retornasse, mas ele
não voltou.
Por
essa época, o assunto estava de novo em evidência, especialmente por causa de uma
reportagem na revista “O Cruzeiro”. O objeto que víramos (e foram várias as
testemunhas) seguramente não era um avião ou helicóptero (que não possuem
aquela forma) nem balão metereológico (que não voa daquele jeito, simplesmente
flutua).
Essa
experiência marcou-me profundamente, eu que muitas vezes olhava para o céu
estrelado e ficava imaginando como seria a vida em muitos planetas
desconhecidos que giravam em volta de tantas estrelas. Porque será que na escola a gente não estuda
sobre discos voadores e não ouve nada sobre a vida nos outros mundos? –
perguntava-me na minha infantil ingenuidade.
Mas
logo pude perceber que o assunto era tabu. Quando qualquer um de nós que
tínhamos visto aquele estranho objeto comentava com outro colega ou algum
professor sofria uma “gozação” ou era tido como maluco. O melhor seria não
falar mais nisso e tentar esquecer o assunto. É o que tem acontecido ao longo
da História com a quase totalidade das pessoas que tiveram avistamentos de
UFOs. Isto sem falar que houve épocas em que as pessoas eram punidas e até
queimadas como bruxos e endemoninhados, como na Idade Média.
Passou-se
o tempo e me vejo em outra situação. Eram férias de verão em 1963 e eu estava
com alguns colegas de Faculdade em uma
casa de praia do tio de um deles, em Bertioga, litoral de São Paulo. Estava
namorando uma colega, e por volta de 23 horas, numa noite quente em que
passeávamos na praia, notamos um astro mais brilhante do que os demais. De
início pensamos que era Vênus, mas logo nos demos conta de que não podia ser,
pois a luz se movimentava com certa rapidez. Começou, então, a se aproximar e a
descer, fazendo um intenso reflexo de luz sobre o mar, parando a uns 100 metros
de altura e a uns 500 de onde estávamos. Ficamos ali contemplando aquele belo espetáculo.
Depois de algum tempo a luz começou a subir, de início lentamente e depois em
alta velocidade até desaparecer.
CIDADÃOS DO
UNIVERSO
Hoje,
ao observar o farto material divulgado sobre as naves extra-terrestres e que é
imensamente menor do que as forças armadas e os órgãos de segurança retêm,
continuo a fazer a mesma indagação de minha infância. Porque o assunto continua
sendo um tabu?
O que até há pouco tempo se negava, hoje já
é um axioma científico: a existência de muitos mundos habitados fora da órbita
planetária e as manifestações de vida em outros planos e dimensões além do
mundo material, a que podemos chamar de espiritual. Na realidade, somos
cidadãos não apenas de nosso País, mas também de nosso planeta e do universo.
Estamos hoje aqui, mas já estivemos antes em outros lugares.
Espiritualidade não significa religiosidade
ou apêgo a qualquer crença, mas uma compreensão lógica, vivencial e
transcendental de que a vida humana não se restringe apenas a esta vida e a
este nosso planeta (vida terrena e vida terrestre).
Como cidadãos universais, temos uma profunda
responsabilidade para com a vida de nossos semelhantes e a biodiversidade de
nosso planeta. Devemos trabalhar pela ampliação de uma consciência ecológica e
de respeito e preservação da vida e dos recursos da Terra e por uma tomada
dessa consciência de cidadania universal, propugnando pela superação dos
entraves e limitações das xenofobias étnicas e nacionais, dos fanatismos
religiosos, das discriminações de qualquer espécie. “SER CIDADÃO DO MUNDO É
AMAR O SEMELHANTE E RESPEITAR O DIFERENTE, BUSCANDO A IGUALDADE E PRESERVANDO A
DIVERSIDADE”.
Cidadania
se define como qualidade ou estado de cidadão (que é o indivíduo no gozo
dos direitos civis e políticos de um Estado, ou no desempenho de seus deveres
para com este). Cidadão do mundo é o homem que põe os interesses da humanidade
acima dos interesses da pátria; cidadão do universo (Aurélio).
O termo cidadão originalmente designava o
habitante de uma cidade, como na Grécia e Roma antigas. Em Roma, a partir do
ano 212, o conceito de cidadania foi extendido aos habitantes livres do
império. Atualmente o conceito abrange, em quase todos os países, os naturais
do país e se equivale ao de nacionalidade. Implica necessariamente na
participação consciente nos processos decisórios na nação.
O conceito de cidadania universal
ultrapassa os limites da nacionalidade e abarca a todos os seres humanos (e
também não-humanos) independentemente de nacionalidade, credo, raça, etnia,
sexo, nível sócio-econômico e outras diferenças culturais.
O propósito de uma verdadeira cidadania universal é o de trabalhar para atingir
algumas metas tais como: a harmonia e a fraternidade entre os povos; o profundo
respeito aos direitos humanos e à liberdade individual; o respeito ao planeta,
à natureza e aos eco-sistemas. Ao lado disso busca combater: toda e qualquer
forma de discriminação (racial, étnica,
religiosa, sexual, política, econômica, social, cultural, etc.); toda e qualquer
forma de violência (entre pessoas, grupos, instituições, povos, etc.); a caça
aos animais silvestres, a pesca predatória, etc.
VIDA ULTRA E EXTRA-TERRENA
A grande questão é:
até onde um fenômeno é apenas de origem interna (físico ou psicológico),
podendo ser considerado um surto psicótico, alucinação ou fantasia (fenômeno
psicopatológico, mero produto da mente do paciente) ou é de origem externa
(ainda desconhecido da ciência) como os produzidos por extra-terrestres e
espíritos; e, no segundo caso, até onde vai o limite de um e começa o outro,
pois tanto as manifestações dos espíritos desencarnados na terra como as dos alienígenas
parecem ocorrer em outras dimensões desconhecidas para nós. Além disso, os ETs
teriam desenvolvido a capacidade de usar seus corpos sutis, como acontece
conosco em casos de experiências fora do corpo.
Calcula-se que nossa
galáxia, a Via-Láctea, tenha mais de 17 bilhões de anos, enquanto nosso sistema
solar teria 12 bilhões de anos e a Terra “apenas” 5 bilhôes de anos. São
portanto, por volta de 12 bilhões de anos a distância temporal que nos separa
dos sistemas solares mais antigos da Via-Láctea, com seus cerca de 400 bilhões
de estrelas, num cenário de outras bilhões de galáxias espalhadas por esse
infinito universo. Ora, pois, em sistemas solares bem anteriores ao nosso,
certamente desenvolveram-se civilizações bem mais antigas e evoluídas que a
nossa, provavelmente em muitos milhões de planetas apenas dentro da Via-Láctea.
Imaginemos a Terra
daqui a 1.000 anos, no ano 3.000. Como estaremos? Que desenvolvimento
tecnológico teremos alcançado? Haverá ainda alguma doença que não possa ser
facilmente curada? E como estaremos daqui a 10.000 anos, 100.000 anos, 1 milhão
de anos ou 1.000 vezes isso? Pois bem, esse é o caso de alguns de nossos
vizinhos cósmicos. A distância cultural que os separa de nós pode ser milhões
de vezes maior do que a que nos separa do homem primitivo da Idade da Pedra.
Somente a extrema
estupidez, aliada a uma arrogância doentia, seria capaz de justificar, em
mentes que se consideram superiores, como as de alguns cientistas e de donos das
verdades, a estultície e irracionalidade de achar que nós, seres terráqueos,
somos as únicas privilegiadas criaturas vivas do universo.
Sabemos hoje que a
terra tem sido visitada desde tempos imemoriais por viajantes de outros
planetas. Esses visitantes foram geralmente tomados por deuses, em virtude de
sua capacidade e desenvolvida tecnologia que lhes permitia fazer coisas
impossíveis para os povos primitivos, como voar.
Devemos ter em conta que
os fatos miraculosos relatados em textos sagrados muitas vezes podem ser
compreendidos da mesma maneira .
Hoje em dia, já são
comuns os relatos de contatos com extra-terrestres, inclusive as abduções
(sequestros de humanos por ETs), que embora menos frequentes, parecem ocorrer.
No geral, os encontros com ETs têm sido cordiais, demonstrando a preocupação
deles com o futuro da humanidade. Tais foram os contatos de Daniel Fry, em
1950, em White Sands, no Novo México ou os mantidos por George Adamski, desde
1952, no Arizona e na Califórnia. As abduções, entretanto, têm sido descritas
frequentemente como hostis e agressivas, como teria ocorrido com o casal Barney
e Betty Hill, em 1961, em New Hampshire, “dopados” por alienígenas para colher
amostras de cabelo, unhas, pele e sangue.
Em muitos relatos,
aspectos da história pessoal podem misturar-se com a realidade, distorcendo os
fatos. O que sabemos é que qualquer que seja a qualidade do contato, o impacto
psicológico sobre a pessoa é muito grande. Este é um dos motivos alegados pelos
próprios ETs para não se apresentarem abertamente, pois isso poderia produzir
um caos mundial em uma humanidade ainda despreparada para isso.
O contrário também
tem acontecido, isto é, a atitude agressiva e violenta dos humanos em relação
aos ETs, especialmente de organismos militares. Infelizmente os tempos de
obscurantismo medieval ainda não acabaram. Os antigos inquisidores foram
substituídos por clérigos desonestos, militares truculentos e cientistas
aéticos a serviço de interesses econômicos e políticos escusos, tendo por
objetivo geral manter o público desinformado de fenômenos e contatos ufológicos
e espitituais e nos impõem, através dos meios de comunicação de massa, aquilo
em que devemos acreditar.
Os relatos de
abduções são ainda mais cercados de mistérios e dúvidas do que os contatos
amigáveis. O que se questiona é porque os ETs, sendo tão evoluídos, usam seres
humanos para cobaias de exames e experiências, contra a sua vontade e que lhes
acarretam sofrimentos físicos e psíquicos. Devemos considerar que:
1.
Alguns desses relatos não parecem dignos de qualquer credibilidade,
sendo produtos de invenção dos narradores.
2.
Dentre a grande diversidade de povos alaienígenas que nos visitam, temos
evidentemente diferenças significativas entre eles, não só quanto ao
desenvolvimento tecnológico, mas também com relação aos aspectos morais e
intelectuais.
3.
Alguns desses que usam seres humanos para experiências, talvez nos vejam
como seres inferiores, da mesma maneira
como fazemos com os demais animais aqui na terra. Os cientistas não pedem
licença às suas cobaias para seus experimentos. O que entretanto, não justifica
nem um nem outro procedimento.
4.
Apesar disso, em nenhum dos casos ocorridos, soube-se de alguém que
tenha sido morto deliberadamente como fazemos com os animais. Pelo contrário,
hoje sabe-se que quando um ET é capturado, para fins de estudo e especialmente
para se tentar conseguir segredos militares, ele não sobrevive. É o que parece
ter acontecido com os casos de Rosswell, do Sahara e de Varginha.
Apesar da imensa
superioridade dos ETs em relação a nós, sabe-se que eles não podem usar seu
poder para destruição.
Cabe-nos hoje, ao
invés de ignorar o assunto ou tratá-lo de forma fantasiosa, temerosa e irreal,
aprofundarmos no seu conhecimento e buscarmos de maneira responsável a
cooperação com os alienígenas para melhorar a qualidade de vida e a harmonia
entre os habitantes de nosso planeta.