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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Tributo a Gaia

Caros irmãos terráquios

 

Seria muito fácil falar a vocês sobre desenvolvimento sustentável e em educação sociambiental das crianças, mas hoje precisamos educar quem esta no comando e tem poder para mudar o nosso futuro, caso contrário estas crianças não terão o que cuidar. Existe um tempo para retroceder e este tempo passou. Chegou a hora de mudanças drásticas antes que a natureza se encarregue definitivamente  delas.

A maior preocupação de todos deve ser com os resíduos. O homem enche a terra de lixo e cria substãncias que não estão em harmonia com a natureza. A primeira questão são os polimeros. O plastico fabricado em excesso e descartado com tamanha facilidade está inundando nossos rios, matando e mutilando nossos peixes e animais marinhos e criando ilhas no oceano de material que a natureza não sabe como lidar. Uma empresa produz venenos e não orienta como descartar ou neutralizar? Isto é inconcebível.

Uma sacola plástica demora mais de 100 anos para se decompor e o volume de plástico jogado no lixo é quase impossível de se lidar. Chegou um tempo de parar, de retroceder, e de pensar em soluções em massa para lidar com tanto lixo. Precisamos pensar em produzir algo com lixo. Em reciclar em grande escala. Acho belo e artístico tantas ideias artezanais para reciclagem, mas de que adiante reciclar uma garrafa de pet em um objeto que será descartado meses depois pois não irá durar? A reutilização e reciclagem devem ser em grande escala e com o apoio de vários governos.

Está na hora de se pensar em projetos de reciclagem em grande escala e que produzam renda e gerem empregos. As máquinas que criam plásticos deve dar lugar a outras que criem produtos harmõnicos com a natureza, isto não é difícil e nem impossível. Ainda não foi feito porque o dinheiro, o lucro estava na frente e esta questão não era tão importante. Quem financiará estas pesquisas ? Que leis irão amapara-la?

O homem inverteu valores, criou remédios que criam efeitos colaterais e não curam, mas que dão lucro. Criou usinas nucleares e se esqueceu de pesquisar mais sobre como lidar com a radiação. Criou aparelhos, produtos  e energias cancerígenas que dão lucro e não pesquisou sobre como evitar seus efeitos. Quis lucrar na agricultura e produziu alimentos com veneno. Quis produzir em larga escala e criou produtos que prejudicam a saúde. Preferiu pensar na parte financeira e não no ser humano e na natureza.

Agora estamos diante de um impasse. Como sobreviver com estes paradigmas que nos levam a desejar sempre o lucro máximo ? O que julgamos ser o segredo do sucesso está sendo a causa de nosso fracasso.

Precisamos pensar se vale a pena continuar usando descartáveis que não se deterioram, eles deveriam ser proibidos imediatamente antes que o problemas aumente.

Já é hora de se pensar em tanto lixo produzido, se vale a pena em favor da ganância  colocar tantas vidas em risco.

Existe muito o que ser questionado, mas resumirei em 12 princípais preocupações iniciais.

A primeira mudança de paradigma na base das pesquisas sobre energia baseados no petróleo. Existem outras fontes de energia capazes de captar a energia do sol e da terra tornando-se grandes baterias. Mas onde estão os grandes investimentos e todos os olhares?

A segunda mudança seria a proibição da produção de produtos descartáveis plásticos e a responsabilização das empresas pela reciclagem os que produzem. Um país não poderia produzir e encher o mundo de descartáveis de baixa qualidade sem se preocupar com as consequencias.

A terceira seria a prioridade para  a politica de residuos. A industria, os canais e consumidores devem assumir a responsabilidade pela reciclagem dos produtos numa logistica inversa, chegando até a fábica e seus fornecedores.

Em quarto, as políticas de proteção do planeta devem ser a nivel mundial pois estamos todos no mesmo barco e as ações de alguns governantes colocam em risco outros.

Em quinto lugar os rios devem ser considerados patrimônio da humanidade e não devem ser poluidos. A poluição vai para o mar e  os oceanos são uma preocupação mundial. Os esgotos devem ser tratados e as fábricas devem saber lidar com seus resíduos. Acabou a era do lucro fácil e da visão da natureza como um recurso infinito a ser explorado.

Em sexto lugar a criação e produção de carne deve ser controlada e repensada e avaliada em sua produção de CO2 assim como todas as formas produtivas.  Os animais silvestres devem ser protegidos e preservados.

Em sétimo lugar as cidades devem ser repensadas com mais verde e o ar deve ser constantemente controlado em favor dos seus moradores.

Em oitavo lugar os transportes e a industria automotiva que reinou tanto tempo nos velhos paradigmas deverá repensar seus processos e começar a investir em novas tecnologias e em veículos seguros e coletivos.

Em nono  lugar devemos investir mais nas pesquisas sobre a energia que nos move em seus vários aspectos sem preconceitos, a religião deve se harmonizar com a ciencia e a espiritualidade deve estar nos estudos científicos a fim de inspirar aqueles que criam alternativas para mudar o mundo.

Em décimo lugar as soluções devem sair da individualidade e passar para a coletividade. Pessoas começam a necessitar de moradias coletivas, alimentação em grande escala, creches e  escolas de qualidade, hortas coletivas, espaços de lazer,  espaços coletivos, postos com atendimento psicológico e médico. Transportes de qualidade. A indústria do luxo e do individualismo não abre espaço para se pensar no coletivo. Precisamos de novos olhares sobre o tema.

Em decimo primeiro precisamos de uma politica para lidar com o homem que viverá mais tempo, novos paradigmas para cuidar do idoso que vive mais, mas que pode estar doente pela consequência dos  abusos  e agressões das ultimas décadas. De quem seria a responsabilidade e quem iria consertar o erro?

 E em décimo segundo lugar precisamos de retornar ao início de tudo e nos conectar a essa natureza que tanto desprezamos e que nos dá tudo para nossa subsistência, ela nos dá alimento, energia, ar puro, aguas límpidas, ervas medicinais, sol e vida todos os dias em  abundância. E o que fizemos  até o momento, desprezamos tudo que recebemos e saímos deste acolhimento paradísiaco para criar coisas e mais coisas que hoje nem sabemos mais para quê . È uma infinidade de produtos inúteis e em excesso para alimentar um lucro e oprimir aqueles que não suportam mais serem vistos apenas como consumidores.Penso em todos os momentos em que ponto nos perdemos e como consertar os erros... talvez o princípio de tudo seja  voltar ao início e nos lembrar que somos humanos.

 

Adriana Nunes